segunda-feira, 5 de março de 2007

MANUEL MEIRELLES DE QUEIROZ

Mais uma vez em “Fronteiras de Sangue”, livro de 1992 do espanhol Javier Moro sobre a saga de Chico Mendes, desta vez numa nota de rodapé:

“A título de comparação, Manuel Meirelles de Queiroz, o maior proprietário de terras do Acre, possui uma propriedade de 975.000 hectares (uma extensão do tamanho do principado de Astúrias)”.

Localizei novamente o nome do fazendeiro, ainda que com um “l” só em Meireles, em reportagem da Agência Câmara sobre um depoimento na CPI da Biopirataria, em Brasília, em 2005. Manuel e seu irmão Raimundo Meireles de Queiroz seriam os responsáveis pela tentativa de venda exatamente de uma terra de.... 975.000 hectares... no Acre.

Só que essas não poderiam ser vendidas, depôs o então presidente do Instituto de Terras do Acre. E por quê?

”A venda seria ilegal pelo fato de o terreno concentrar minérios, fósseis e a maior reserva de mogno da Amazônia”, explica o texto.

"A terra anunciada, equivalente a seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo, ou 300 vezes a da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, inclui duas reservas indígenas e o Parque Estadual do Chandless, área de preservação ambiental permanente em posse da União. No anúncio, o vendedor informava até os supostos atrativos da região: ouro e até fósseis de animais desconhecidos.”

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